• Julho 29, 2020
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Plano de Investimentos prevê 102ME para a Via Navegável do Douro

O investimento de 102 milhões de euros, a aplicar entre 2021 e 2030, visa, de acordo com o PNI, “criar condições para que a Via Navegável do Douro seja uma via de excelência, fluída e leve, indutora de criação de valor e desenvolvimento sustentável, integrada na Rede Logística e do Turismo da fachada Atlântica da Península Ibérica”.

O projeto tem como objetivo “melhorar as condições de navegabilidade, de segurança e de desempenho operacional através da implementação da fase três da Via Navegável do Douro 2020 – Douro’s Inland Waterway 2020, que inclui sinalização a montante do estuário, a reabilitação das cinco eclusas e do cais de espera das mesmas e a correção do canal navegável do rio Douro nos troços Cotas-Valeira e Saião-Pocinho.

De acordo com o PNI, pretende-se ainda “desenvolver as infraestruturas portuárias mediante a reabilitação dos cais acostáveis e da criação de novas estruturas de apoio ao movimento de passageiros, mercadorias e outros recursos, visando dar resposta ao crescente movimento de passageiros e ao potencial crescimento de movimentação de mercadoria”.

“Estão resolvidos constrangimentos graves de acessibilidades e de falta de capacidade de resposta aos turistas”, assinala Ricardo Magalhães, lembrando porém o ainda “longo caminho a percorrer”, desde logo para melhor aproveitar a navegabilidade do Douro.

Ainda que o turismo tenha aumentado na região, o responsável não acredita numa massificação do Douro enquanto destino turístico, já que tudo tem sido feito “no sentido de conquistar turistas e investidores estrangeiros com a clarividência necessária de um destino sustentável”.

“Estamos e estaremos numa paisagem classificada, intacta e frágil na sua génese, autêntica e genuína, que exige cuidados especiais de planeamento e gestão. Esta paisagem reflete uma relação singular do homem com a natureza. É coisa de génio e isso não será alterado”, frisa.

Depois da polémica em torno da barragem de Foz Tua, cuja construção chegou a ameaçar a classificação pela Unesco, Ricardo Magalhães acredita haver ainda no Douro “lugar para novos projetos” de grande dimensão, desde que “assegurem a autenticidade e equilíbrio do Alto Douro Vinhateiro”.

Para o vice-presidente da CCDR-N, “nem a classificação da Unesco está em causa, nem a preservação da paisagem é motivo para restringir futuros investimentos”, nomeadamente aqueles que promovam a “indispensável revitalização das cidades e das vilas”, num território que “não se pretende só atrativo para os visitantes ou investidores”, mas que “demonstre capacidade de fixar os jovens”.

Para os próximos anos, o responsável defende a necessidade de “tirar proveito de uma comunicação em rede dos bens Património Mundial”e de continuar a apostar na internacionalização da marca Douro Património Mundial.

“Pretende-se um papel ativo na rede internacional de regiões vinícolas que ostentam o selo da Unesco”, destaca Ricardo Magalhães para quem, a longo prazo, o desenvolvimento do território deverá também passar por “uma proximidade cada vez maior entre a Universidade de Trás-os-Montes e as empresas da região”.

Foi a 14 de Dezembro de 2001 que o Alto Douro Vinhateiro (ADV) foi inscrito na lista do Património Mundial da Humanidade, na categoria de Paisagem Cultural Evolutiva e Viva.

A área classificada compreende 24.600 hectares, cerca de um décimo do total da Região Demarcada do Douro, tendo a sua zona tampão uma área de 225.400 hectares, e abrange 13 municípios.

Fonte: Jornal DN

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